Diga-me com quem andas

Diga-me com quem andas: Uma Advertência Bíblica Atual

“Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”. Mais do que um ditado popular, essa frase carrega uma profunda verdade que ecoa nas Escrituras. O apóstolo Paulo, em sua carta à igreja de Corinto, nos alerta: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. Este aviso, que atravessa os séculos, continua a ser relevante na formação de valores e na construção de relacionamentos, especialmente dentro do contexto familiar.

A Influência das Amizades

As amizades que escolhemos e os ambientes que frequentamos moldam nossas atitudes e valores. O pastor Márcio Gonçalves destaca a importância de estar cercado por pessoas que nos aproximam de Deus. Ele afirma que o verdadeiro amigo nos guia em direção a Jesus, enquanto o falso amigo pode nos desviar do caminho, levando-nos a escolhas erradas e à desobediência à Palavra de Deus.

É essencial reconhecer que a qualidade das relações que cultivamos, especialmente em momentos decisivos da vida, como casamento, criação dos filhos e decisões profissionais, pode ter um impacto significativo em nossa jornada espiritual. O que pode parecer uma conversa casual ou uma amizade inocente pode, com o tempo, enfraquecer princípios que antes considerávamos inabaláveis.

Os Desafios das Más Companhia

O texto de 1 Coríntios 15:33 nos lembra que a influência negativa pode surgir não apenas de amigos, mas também de ambientes e conversas que não edificam. O pastor Márcio enfatiza que as más conversas têm o poder de corromper até os melhores costumes. Isso vale para todas as esferas da vida familiar, incluindo:

  • Amizades
  • Redes sociais
  • Grupos ministeriais
  • Ambientes de lazer

Esses vínculos, se não forem cuidadosamente escolhidos, podem corroer um caráter bem formado e levar a decisões que vão contra os valores cristãos.

Reflexões Necessárias

O pastor propõe algumas reflexões que podem ajudar na avaliação das influências em nossa vida:

  • Quem são os seus amigos mais próximos? Avalie se esse círculo contribui para fortalecer seus valores e fé ou se apenas oferece entretenimento sem edificação.
  • Que tipo de conversa predomina em seus encontros? Se as conversas se tornam negativas, é hora de se afastar.
  • Quem são os seus conselheiros de confiança? Procure pessoas que realmente conhecem as Escrituras e que podem guiá-lo em suas decisões.
  • Como a sua família lida com influências externas, inclusive digitais? A advertência de Paulo se aplica também aos ambientes virtuais, onde somos bombardeados por ideias e estilos de vida que podem moldar nossas crenças.

Equilíbrio Entre Limites e Liberdade

Discernir as influências não significa viver em isolamento. Jesus, por exemplo, se relacionava com pessoas consideradas más, mas Ele não se deixava moldar por elas; ao contrário, transformava aqueles ambientes. Portanto, o desafio é manter o evangelho como o centro de nossas vidas, garantindo que não sejamos desgastados por nossas companhias.

O pastor Márcio ressalta que não se trata de cortar laços, mas sim de discernir quem realmente contribui para nosso crescimento e quem pode nos levar a um caminho destrutivo. A vida familiar é um reflexo desse equilíbrio entre abertura e cuidado, onde a atenção às influências é essencial.

Conclusão

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” Essa advertência bíblica nos convida a observar com atenção quem nos cerca, o que ouvimos e o que internalizamos em nosso dia a dia. As influências, sejam sutis ou evidentes, têm o poder de edificar ou destruir. Ao escolher bem nossas companhias, proporcionamos ao nosso lar um ambiente fértil para o crescimento espiritual, a paz e a maturidade cristã.

Referências

  • 1 Coríntios 15:33
Rolar para cima